Lendo por aí...

Estou acompanhando o projeto 31 em 31, onde a Elaine Miragaia conseguiu vários relatos de VBAC e juntou-os em seu blog No Quintal, que vão ao ar diariamente durante o mês de Maio agora. No post dos "pródomos" do projeto ela colocou um texto muito bonito que acho que vale a pena deixar registrado aqui:

"Relato Completo de Uma Nobre Mulher Abissínia 

Como pode um homem saber o que é a vida de uma mulher? A vida da mulher é muito diferente da do homem. Deus ordenou que fosse assim. O homem é o mesmo desde o momento de sua circuncisão até o fim de seus dias. Ele é o mesmo antes de ter conhecido uma mulher pela primeira vez, e depois. Mas o dia em que a mulher goza o seu primeiro amor divide-a em dois. Ela se torna uma outra mulher nesse dia. O homem é o mesmo depois de seu primeiro amor como era antes. A mulher é, a partir do dia do seu primeiro amor, outra. Isso continua para o resto da vida. O homem passa uma noite com uma mulher e vai embora. Sua vida e seu corpo são sempre os mesmos. A mulher concebe. Como mãe, é uma outra pessoa que a mulher sem filhos. Ela traz consigo o fruto da noite por nove meses no corpo. Algo brota em sua vida que jamais a deixará. Ela é mãe. Ela é e permanecerá mãe mesmo que seu filho morra, mesmo que todos os seus filhos morram. Pois em um momento ela carregou um filho sob o seu coração. E jamais volta a deixar o seu coração. Nem mesmo quando está morto. Nada disso um homem conhece. Ele nada conhece. Ele não sabe a diferença entre antes do amor e depois do amor, antes da maternidade e depois da maternidade. Ele nada pode saber. Somente uma mulher pode saber e falar disso. É por isso que não aceitamos que nossos maridos nos digam o que fazer. A mulher só pode fazer uma coisa. Ela pode se respeitar. Ela pode se manter decente. Ela deve sempre ser como a sua natureza é. Ela deve ser sempre donzela e sempre mãe. Antes de cada amor ela é donzela, depois de todo amor ela é mãe. Nisso se pode ver se ela é uma boa mulher ou não."  

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