Ontem completamos 38 semanas. Qualquer hora será hora da Laura nascer. Como saber?! Poucas coisas tem me incomodado (poucas aham sei): inchaço nas pernas (as semanas que fiquei em casa não inchei, mas vir trabalhar tá sendo um saquito), queimação depois de comer, dor na nuca (muscular, medi a pressão e estava boa), e uma sensação esquisita no alto da barriga, perto do fundo do útero, parece que a pele tá ardida de sol. Ruim demais...
Sexta passada fomos na consulta com a Obstetra. Confesso que tá começando a dar frio na barriga: já estou com a listinha do que levar para a sala de PNH, consultas semanais, e outras gestantes ao meu redor já parindo. UI ui ui. Conversamos muito entre fazer ou não o exame de Streptococcus (que a OMS sugere não haver mais necessidade de ser feito). Ela conversou sobre os limites dela dependendo do resultado do exame, e como não é nada demais, acabamos decidindo fazer. Resultado só na quinta...
Estou acompanhando de longe fisicamente (mas perto virtualmente) uma amiga desde o tempo da gravidez da Jade, tempos in matrix rs (e-family e o escambau kkkkkkkkkk): a Alê do Coisas de Mãe. Não sei se ela tem acompanhado o que tenho escrito aqui, mas com certeza deve ter se enchido com a quantidade de troço de Parto Humanizado que eu tenho colocado na minha Time Line do Facebook. Mas sabe o que é chato? É saber que a situação que eu enfrento aqui, no Rio, é completamente diferente da situação que ela enfrentará lá em Juazeiro, na Bahia.
Aqui no Rio, a humanização está crescendo, o número de obstetras aumentando (devagar mais tá rs), enfermeiras obstetras cada vez mais engajadas, curso de doulas rolando e um monte de alunas inscritas. O preço da humanização é salgado? Claro que é, afinal é um tempo que um profissional dedica especialmente a você, e apenas a você, permitindo que você protagonize o parto e faça as escolhas em conjunto com ele e não apenas acatando ordens. Mas não ache que a humanização está ao alcance de quem tem dinheiro, até porque conheço inúmeros casos de gestantes que fizeram vaquinhas, rifas, estrupulias para bancar seu parto e nenhuma se arrepende. Ok, você não é dessas... Então parta para o SUS! Sim, o SUS que funciona como a Casa de Parto de Realengo (o pré-natal tem que ser feito lá e a gravidez ser de baixo risco) ou para a Maternidade Maria Amélia no Centro. Tenho acompanhado relatos lindos de quem optou por esses locais para ter seu bebê dignamente. Há quem banque o Parto Domiciliar, que BEM acompanhado, apresenta baixíssimos riscos tanto para mãe quanto para o bebê. Mas acompanhamento é tudo. Ninguém aprova Parto Desassistido!
Mas lá no interior da Bahia, e em muitos outros lugares sejamos francos, isso está longe de acontecer... Como a Alê mesmo conversou comigo, raras são as pessoas que não fizeram cesárea, enganadas ou não e quem teve normal teve uma assistência tão absurda que realmente traumatiza quem passou por isso ou escutou o relato da pessoa. A briga da Alê é para conseguir seu tão sonhado VBAC, como eu. Os poucos médicos de lá não são humanizados, raros são vaginalistas (aceitam fazer PN), mas quem topará acompanhar um VBAC?! Se no Rio já é difícil, no interior do Brasil então?! Doula lá não existe. Enfermeira obstetra?! Não sabemos, ela ficou de pesquisar e conversar. Soluções? Tem vários pitacos, mas convenhamos que muitos são praticamente impossíveis de serem realizados. Como alguém vai se mudar de mala e cuia para a casa de alguém em Salvador ou Recife, que seja, para esperar entrar em trabalho de parto (que não tem hora para acontecer) e ser atendida por um médico humanizado? E o trabalho? E a casa? E os filhos já nascidos?! Como ficam? Como largar tudo, com 36 semanas (se for de avião) ou 38 (de carro) para esperar o grande momento que pode acontecer somente com 42?! Perde-se todo esse tempo da licença maternidade?! Importar um médico ou enfermeira obstetra para a cidade? Como? Quando? A que custo?! Sugestões tem-se aos montes, mas é complicado e sabemos. Cada um vive uma realidade diferente. O que posso fazer daqui é sugerir também... Uma conversa BEM franca com a GO, argumentando seu plano de parto, e na hora H o marido estar bem empoderado do que quer para ajudar a mãe a parir. Ok, sabemos que nem todos os médicos estão abertos a abrirem a cabeça.. Mas quem sabe?! De repente ver uma enfermeira obstetra experiente que tope ficar com ela em casa, esperando o momento mais oportuno para ir para a maternidade e só assim acionar a GO escolhida, ou arriscar o de plantão (que pode ser mais frank que qualquer outra coisa)? Enfim, são coisas que ela vai ter que correr muito atrás... e o pior de tudo é saber que essa é a situação de MUITAS MULHERES que gostariam de ter um partaço e não podem... Não só lá em Juazeiro, mas aqui também. O sistema está tão f... que nos afeta diretamente, no momento que deveria ser o mais lindo de todos... O do nascimento de nossos filhos... Deus queira que isso mude, e logo!
Sexta passada fomos na consulta com a Obstetra. Confesso que tá começando a dar frio na barriga: já estou com a listinha do que levar para a sala de PNH, consultas semanais, e outras gestantes ao meu redor já parindo. UI ui ui. Conversamos muito entre fazer ou não o exame de Streptococcus (que a OMS sugere não haver mais necessidade de ser feito). Ela conversou sobre os limites dela dependendo do resultado do exame, e como não é nada demais, acabamos decidindo fazer. Resultado só na quinta...
Estou acompanhando de longe fisicamente (mas perto virtualmente) uma amiga desde o tempo da gravidez da Jade, tempos in matrix rs (e-family e o escambau kkkkkkkkkk): a Alê do Coisas de Mãe. Não sei se ela tem acompanhado o que tenho escrito aqui, mas com certeza deve ter se enchido com a quantidade de troço de Parto Humanizado que eu tenho colocado na minha Time Line do Facebook. Mas sabe o que é chato? É saber que a situação que eu enfrento aqui, no Rio, é completamente diferente da situação que ela enfrentará lá em Juazeiro, na Bahia.
Aqui no Rio, a humanização está crescendo, o número de obstetras aumentando (devagar mais tá rs), enfermeiras obstetras cada vez mais engajadas, curso de doulas rolando e um monte de alunas inscritas. O preço da humanização é salgado? Claro que é, afinal é um tempo que um profissional dedica especialmente a você, e apenas a você, permitindo que você protagonize o parto e faça as escolhas em conjunto com ele e não apenas acatando ordens. Mas não ache que a humanização está ao alcance de quem tem dinheiro, até porque conheço inúmeros casos de gestantes que fizeram vaquinhas, rifas, estrupulias para bancar seu parto e nenhuma se arrepende. Ok, você não é dessas... Então parta para o SUS! Sim, o SUS que funciona como a Casa de Parto de Realengo (o pré-natal tem que ser feito lá e a gravidez ser de baixo risco) ou para a Maternidade Maria Amélia no Centro. Tenho acompanhado relatos lindos de quem optou por esses locais para ter seu bebê dignamente. Há quem banque o Parto Domiciliar, que BEM acompanhado, apresenta baixíssimos riscos tanto para mãe quanto para o bebê. Mas acompanhamento é tudo. Ninguém aprova Parto Desassistido!
Mas lá no interior da Bahia, e em muitos outros lugares sejamos francos, isso está longe de acontecer... Como a Alê mesmo conversou comigo, raras são as pessoas que não fizeram cesárea, enganadas ou não e quem teve normal teve uma assistência tão absurda que realmente traumatiza quem passou por isso ou escutou o relato da pessoa. A briga da Alê é para conseguir seu tão sonhado VBAC, como eu. Os poucos médicos de lá não são humanizados, raros são vaginalistas (aceitam fazer PN), mas quem topará acompanhar um VBAC?! Se no Rio já é difícil, no interior do Brasil então?! Doula lá não existe. Enfermeira obstetra?! Não sabemos, ela ficou de pesquisar e conversar. Soluções? Tem vários pitacos, mas convenhamos que muitos são praticamente impossíveis de serem realizados. Como alguém vai se mudar de mala e cuia para a casa de alguém em Salvador ou Recife, que seja, para esperar entrar em trabalho de parto (que não tem hora para acontecer) e ser atendida por um médico humanizado? E o trabalho? E a casa? E os filhos já nascidos?! Como ficam? Como largar tudo, com 36 semanas (se for de avião) ou 38 (de carro) para esperar o grande momento que pode acontecer somente com 42?! Perde-se todo esse tempo da licença maternidade?! Importar um médico ou enfermeira obstetra para a cidade? Como? Quando? A que custo?! Sugestões tem-se aos montes, mas é complicado e sabemos. Cada um vive uma realidade diferente. O que posso fazer daqui é sugerir também... Uma conversa BEM franca com a GO, argumentando seu plano de parto, e na hora H o marido estar bem empoderado do que quer para ajudar a mãe a parir. Ok, sabemos que nem todos os médicos estão abertos a abrirem a cabeça.. Mas quem sabe?! De repente ver uma enfermeira obstetra experiente que tope ficar com ela em casa, esperando o momento mais oportuno para ir para a maternidade e só assim acionar a GO escolhida, ou arriscar o de plantão (que pode ser mais frank que qualquer outra coisa)? Enfim, são coisas que ela vai ter que correr muito atrás... e o pior de tudo é saber que essa é a situação de MUITAS MULHERES que gostariam de ter um partaço e não podem... Não só lá em Juazeiro, mas aqui também. O sistema está tão f... que nos afeta diretamente, no momento que deveria ser o mais lindo de todos... O do nascimento de nossos filhos... Deus queira que isso mude, e logo!
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